Niassa combate aumento da conjuntivite hemorrágica
11 de abril de 2024As autoridades de saúde no Niassa, no norte de Moçambique, reforçam as ações de educação sanitária nos distritos que fazem fronteira com o vizinho Malawi, para tentar estancar o aumento de casos da doença na província.
As atenções neste momento estão, por isso, viradas para os distritos de Mandimba, Ngauma, Mecanhelas, Chimbonila, Lichinga e Lago.
Em 12 dos 16 distritos da província, foram registados até ao momento três mil e setenta e oito casos de conjuntivite hemorrágica. Destes, 1.300 pessoas já estão curadas.
Ramos Mboane, diretor provincial de Saúde no Niassa, apela à população para se dirigir às unidades sanitárias e evitar a automedicação, em casos de suspeitas da doença: "Voltamos a reiterar o facto de se tratar de uma doença autolimitada, uma doença que surge e passa sem grandes complicações."
Seguir recomendações dos profissionais
O que é preciso continuar a fazer, recomenda, "é nas situações em que é diagnosticada a conjuntivite hemorrágica, seguimos a informação que os técnicos de saúde fornecem, principalmente ficar em casa até à recuperação para reduzir o máximo o risco de transmissão da doença."
O diretor de Saúde no Niassa está preocupado com a proliferação da enfermidade na província. "Num caso de conjuntivite hemorrágica, se o indivíduo aparentar alguma complicação, os técnicos de oftalmologia e os especialistas têm abordado esses casos, caso a caso, e, regra geral, essa é uma doença autolimitada", volta a lembrar.
A Cruz Vermelha de Moçambique no Niassa sensibiliza as comunidades a prevenir e combater a conjuntivite hemorrágica. Para o efeito, voluntários e técnicos da instituição trabalham nos mercados, terminais de paragens e nas fronteiras com o Malawi.
Rachide Mendes, técnico de ação social da organização, faz um apelo às comunidades:"A indicação que podemos fazer é sempre que todo o cuidado é bom e dirigir-se ao posto de saúde mais próximo para ir ter com a equipa técnica, para poder ter medicamentos adequados e não esses de vias tradicionais."
"Porque muitas vezes usando as vias não recomendas é prejudicial. Seria muito conveniente que a população em casa, ao ver esses sintomas, se dirija ao posto de saúde mais próximo", exorta ainda Mendes.