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Negócios transparentes em Angola. Será possível?

20 de maio de 2011

Este foi um dos temas discutidos durante uma conferência patrocinada pelo Ministério alemão da economia. Um dos convidados foi José Filomeno dos Santos, filho do Presidente angolano e dono do banco Quantum Angola.

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Sede da Câmara de Comércio e Indústria de Frankfurt. Foi aqui que decorreu, no dia 19 de Maio de 2011, a conferência "Oportunidades de negócio em África"Foto: DW/Cascais

Durante a conferência "Oportunidades de negócio em África" que decorreu na sede da Câmara de Comércio e Indústria de Frankfurt, "Zénu", como é conhecido entre os angolanos, disse que é defensor da transparência e lutador irredutível contra a corrupção: "No entanto, o mais importante é falar sobre negócios bons para ambas as partes" salientou o homem que chegou a ser apontado como possível sucessor do paí no cargo de Presidente da República de Angola. A conferência realizada no dia 19 de Maio de 2011 contou com a presença de destacados representantes políticos e económicos alemães, entre eles Ernst Welteke, ex-presidente do banco central alemão Bundesbank.

Angola José Filomeno Zenu dos Santos
José Filomeno dos Santos ("Zenu"), filho do presidente angolano e dono do banco Quantum: um dos participantes na conferência de Frankfurt.Foto: DW/Cascais

Welteke é actualmente presidente do Banco Quantum em Angola, banco esse que se encontra nas mãos de Zenu dos Santos. Em entrevista à Deutsche Welle, Ernst Welteke salienta que o banco Quantum, que em breve mudará de nome para banco Kwanza Investment, é um banco de investimentos e nada tem a ver com o banco Quantum na Suiça, com o mesmo nome, e de que ele também é Presidente. O objectivo é apoiar os investidores nos seus negócios com Angola. Por outro lado, a administração de fundos de petróleo não faz parte dos planos deste banco.

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José Filomeno dos Santos, ("Zenu"), filho do Presidente angolano; e Ernst Welteke, Presidente do Banco Quantum, antigo Presidente do Banco central alemão, Bundesbank, durante o encontro em Frankfurt, que se realizou com o apoio do Ministério federal alemão da economiaFoto: DW/Cascais

Todos os participantes salientaram que não é fácil - para os empresários estrangeiros e alemães - penetrar no mercado angolano.

"Quem o consegue, geralmente não se arrepende", salientou por sua vez, o representante em Angola da Câmara alemã de Comércio e Indústria, Ricardo Gerigk.

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Investir em Angola vale a pena, mas a corrupção continua a preocupar, disse o representante em Angola da Câmara alemã de Comércio e Indústria, Ricardo GerigkFoto: DW/Cascais

Gerigk deixa, no entanto, um alerta: "A corrupção continua a ser um das grandes entraves para os investidores alemães em Angola."

Oiçam a reportagem de António Cascais nesta edição do Contraste.

Autor: António Cascais
Edição: Cristina Krippahl