Negócios transparentes em Angola. Será possível?
20 de maio de 2011Durante a conferência "Oportunidades de negócio em África" que decorreu na sede da Câmara de Comércio e Indústria de Frankfurt, "Zénu", como é conhecido entre os angolanos, disse que é defensor da transparência e lutador irredutível contra a corrupção: "No entanto, o mais importante é falar sobre negócios bons para ambas as partes" salientou o homem que chegou a ser apontado como possível sucessor do paí no cargo de Presidente da República de Angola. A conferência realizada no dia 19 de Maio de 2011 contou com a presença de destacados representantes políticos e económicos alemães, entre eles Ernst Welteke, ex-presidente do banco central alemão Bundesbank.
Welteke é actualmente presidente do Banco Quantum em Angola, banco esse que se encontra nas mãos de Zenu dos Santos. Em entrevista à Deutsche Welle, Ernst Welteke salienta que o banco Quantum, que em breve mudará de nome para banco Kwanza Investment, é um banco de investimentos e nada tem a ver com o banco Quantum na Suiça, com o mesmo nome, e de que ele também é Presidente. O objectivo é apoiar os investidores nos seus negócios com Angola. Por outro lado, a administração de fundos de petróleo não faz parte dos planos deste banco.
Todos os participantes salientaram que não é fácil - para os empresários estrangeiros e alemães - penetrar no mercado angolano.
"Quem o consegue, geralmente não se arrepende", salientou por sua vez, o representante em Angola da Câmara alemã de Comércio e Indústria, Ricardo Gerigk.
Gerigk deixa, no entanto, um alerta: "A corrupção continua a ser um das grandes entraves para os investidores alemães em Angola."
Oiçam a reportagem de António Cascais nesta edição do Contraste.
Autor: António Cascais
Edição: Cristina Krippahl