MPLA: Oposição quer provocar "distúrbios"
26 de agosto de 2017O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) apelou este sábado (26.08) aos angolanos a desencorajarem e condenarem "as tentativas de provocar distúrbios e instabilidade", por aqueles que têm "um historial de destruição e desordem no país".
Em comunicado, a que agência Lusa teve acesso, sem citar nomes, o MPLA atribui a intenção desses atos àqueles que "não foram capazes de captar a simpatia do eleitorado, tendo saído derrotados".
Na última quarta-feira, Angola realizou eleições gerais, tendo sido vencedor o partido MPLA, de acordo com os dados provisórios divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), com 61,05% dos votos.
Este resultado é contestado pelos partidos da oposição por, alegadamente, não corresponder à contagem feita com base nas atas sínteses. Os oposicionistas também denunciam que a apuração da CNE ocorreu na ausência de membros das forças políticas concorrentes às eleições gerais.
"Maioria qualificada"
Na sua mensagem, o MPLA destaca que, na quarta-feira, "o povo angolano, os cidadãos eleitores, deram mais uma prova de civismo, ao participarem massivamente e de forma ordeira, no exercício do seu direito de voto", restando apenas esperar pela declaração dos resultados dessa votação a ser feita pela CNE.
"Na realidade, os resultados do escrutínio provisório apontam para a vitória, por maioria qualificada, do MPLA nestas eleições, correspondendo aos banhos de multidões, que a opinião pública nacional e internacional teve a oportunidade de constatar, durante a campanha eleitoral e, também, no período que a antecedeu", refere a nota.
O documento lembra que, "assim, o próximo Presidente da República de Angola será o camarada João Manuel Gonçalves Lourenço, e o vice-Presidente o camarada Bornito de Sousa Baltazar Diogo".
"Eleições transparentes"
O partido liderado por José Eduardo dos Santos afirma que a "história recente” angolana demonstra que a oposição "sempre confundir a opinião pública nacional e internacional, dizendo que ganhou as eleições, levando o espantalho da fraude, para, em vão, procurar travar a divulgação dos resultados definitivos pela entidade competente, a CNE".
O MPLA também defende que as eleições gerais foram realizadas de forma "organizada” e "transparente”, e que os eleitores e observadores nacionais e internacionais aprovaram a forma como o processo foi conduzido. "Por esse facto, não têm irregularidades de relevo a assinalar e tiveram a participação de delegados de lista de todos os partidos que concorreram".