Tribunal condena funcionários por corrupção em Inhambane
26 de novembro de 2018Almor Francisco e Guilherme Piterburg, ex-administradores no distrito de Inhassaro na província de Inhambane, foram arrolados num processo querela. Estavam a ser acusados pelo Ministério Público de desvio de dinheiro, nepotismo, corrupção e peculato.
O juíz do Tribunal Judicial da Província, Carlos Fernando, durante a leitura da sentença, condenou à prisão correcional cerca de cinco funcionários afetos ao governo provincial e à secretaria no distrito de Inhassoro a penas diferenciadas por terem lesado o Estado em cerca de 1 milhão e quinhentos meticais, o equivalente a cerca de 22 mil euros.
"Por ter beneficiado de valores em dinheiro que não lhes era devido, o Tribunal decide condenar os réus Teófilo Eduardo, José Wache, Marla Vitorino e José Muvala a seis meses de prisão correcional. Quanto ao réu Xadreque Chicemo vai ser condenado a pena única de um ano de prisão correccional", sentenciou o juíz.
Há absolvidos
Por outro lado, Carlos Fernando absolveu por insuficiência de provas seis outros réus, dos quais dois exerciam a função de administradores em Inhassoro entre o período 2011 a 2013, altura em que o crime foi consumado."O mesmo Tribunal decidiu absolver os réus Abida, Eliseu, Guilherme Piterburg, Carlos Maione, Florinda Samuel Matsinhe e Almor Francisco, dos crimes por insuficiência de provas devendo irem em paz", determinou Carlos Fernando.
Henriques Massunda, advogado de um dos réus, está satisfeito com a sentença porque o seu constituinte foi absolvido: "Tenho a dizer que foi feita a justiça apenas. Claro eu já vinha com esta convicção de que ele era inocente, o que se provou aqui neste julgamento, e ele foi absolvido."
Guilherme Piterburg, ex-administrador de Inhassoro, disse à imprensa que os seus colegas teriam usado o seu nome para falsificar documentos para fins obscuros e que agora está triste com a situação.
"Quanto se gasta com isso? Recursos para advogados de defesa para no fim não se provar nada. Até utilizaram o meu nome, o que é grave. Assinarem os documentos em meu nome, não fica bem. Estou
triste", lementa Piterburg.