Paróquia da igreja católica vandalizada em Inhambane
23 de dezembro de 2020A vandalização aconteceu no dia 21 de dezembro na paroquia da igreja católica de Morrumbene, em Inhambane, sul de Moçambique. Os criminosos tentartram abrir o sacrário e depois destruiram todas as imagens de Jesus Cristo, a coroa do Santo António e vários outros objetos.
João Vicente é secretario da igreja católica em Morrumbene e conta que "tiraram as imagens de Jesus Cristo e partiram a cabeça, levaram e foram arrumar em frente do altar, tiraram a imagem do santo António colocaram ao lado esquerdo de Jesus aí no altar, levaram um fio que parece ser dos indianos ou momentanos [muçulmanos] e colocaram na imagem do menino Jesus Cristo, havia um livro islâmico”.
Carlitos José Mazive, representante das igrejas no distrito de Morrumbene, diz que "é a primeira vez que isso acontece e deixou-nos muito preocupados, por isso estamos aqui para ver em in-loco”.
Issufo Ismael, presidente da Comunidade Muçulmana, qualificou a atitude de bárbara e distancia-se dela. Descarta ainda qualquer conflito religioso entre as duas religiões.
"Nós como muçulmanos condenamos veementemente esta atitude bárbara e queremos que se viva um ambiente saudável", afirma Isamel e por isso pede: "apelo a policia que continue a trabalhar porque nos queremos paz e que isto não volte acontecer”.
Polícia está a investigar
Solane Macamo, presidente da associação filosófica em Inhambane, questiona o ato e acredita que pode se tratar de uma vaga de ódio e terror e questiona: "Porque desse espírito em Inhambane? As vagas do terror em Moçambique exitem que são estas que nos temos a vista. As pessoas devem estar instruídas num espírito de combate ao ódio e terror”.
O bispo da diocese de Inhambane, Adriano Langa, emitiu um comunicado onde considera a vandalização como "uma agressão do diabo ao nosso Deus, seja qual for a intenção que inspirou tal ato".
Juma Aly Dauto, porta-voz da Policia da República de Moçambique (PRM) em Inhambane, diz que é prematuro para falar sobre este assunto, porque ainda está no departamento de investigação criminal.
"É mesmo com a SERNIC (Serviço Nacional de Investigação Criminal) que esta em frente disso”, diz.