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Moçambique e Maláui debatem agenda de Defesa e Segurança

Lusa
21 de novembro de 2020

Termina este sábado (21.11) a reunião entre as delegações de Moçambique e do Maláui para debater uma agenda comum de Defesa e Segurança. Os conflitos armados em Cabo Delgado e no centro de Moçambique têm maior atenção.

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Mosambik I Schnellinterventionseinheit UIR der mosambikanischen Polizei
Foto: Roberto Paquete/DW

Segundo anunciou o Governo moçambicano, a agenda da XIII Sessão da Comissão Conjunta Permanente de Defesa e Segurança (CCPDS) destaca "os últimos desenvolvimentos políticos e de segurança com impacto nos dois países", Moçambique e Maláui, o que refere-se num comunicado do Ministério moçambicano da Defesa Nacional,citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).

Moçambique é representado pelo ministro da Defesa, Jaime Neto, e pelo ministro do Interior, Amade Miquidade. A reunião ministerial foi esperada para ter lugar neste sábado (21.11).

Os conflitos armados no norte (Cabo Delgado) e centro de Moçambique são os que centram maior atenção na atualidade sub-regional.

Fronteiras com Maláui

As fronteiras entre Moçambique e o Maláui são também notícia, com frequência, devido a casos de emigração ilegal.

Uma das situações que chocou o mundo ocorreu em março, quando 64 etíopes foram encontrados mortos dentro do contentor de um camião oriundo do Maláui. Em outubro, a justiça moçambicana condenou a oito e nove anos de prisão dois dos sete réus no caso.

A comissão conjunta que se reúne desde quarta-feiran(18.11) é um fórum criado pelos dois países com o objetivo de "dinamizar a cooperação bilateral, procurar soluções para problemas comuns e garantir maior aproximação e confiança" nas áreas de Defesa e Segurança.

A violência armada em Cabo Delgado está a provocar uma crise humanitária com cerca de 2 mil mortes e 435 mil pessoas deslocadas, sem habitação, nem alimentos suficientes - concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.

No centro, conflitos com guerrilheiros dissidentes da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), oposição, já provocaram 30 mortos no último ano.

Cabo Delgado: O relato de um sobrevivente do terrorismo