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Desporto

Maxaquene e Ferroviário empatam no arranque do Moçambola

Bernardo Jequete (Chimoio)
4 de março de 2017

Terminou empatada a duas bolas a partida que marcou o início o campeonato de futebol moçambicano, no Estádio Nacional do Zimpeto, em Maputo.

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Partida entre o Textáfrica e o Costa do Sol (2016)Foto: DW/B. Jequete

O Maxaquene foi a primeira equipa a marcar, aos 44 minutos, por Nelson. No início da segunda parte, aos 51 minutos, Diogo fez o empate para o Ferroviário de Maputo.

Mas, sete minutos depois, Nelson voltou a colocar o Maxaquene em vantagem. E, depois de algumas altrações na equipa em campo, Timbe marcou o golo do empate, para satisfação dos adeptos do Ferroviário de Maputo, que assistiram no Estadio Nacional do Zimpeto ao clássico que marcou o arranque do Moçambola 2017.

Já antes da partida, o treinador do Maxaquene, António Muchanga, garantiu que a equipa estava preparada para o encontro inaugural do campeonato. Antevendo dificuldades, Muchanga prometeu trabalhar para que os "tricolores" ocupem os lugares cimeiros do campeonato.

Do outro lado da barricada, Carlos Baute, técnico adjunto do Ferroviário de Maputo, tinha prometido não facilitar a vida do seu adversário. Isto apesar de, esta época, os "locomotivas" da capital moçambicana não terem ido ao mercado buscar jogadores de renome no panorama futebolístico moçambicano.

Na jornada inaugural do Moçambola 2017, o Ferroviário da Beira, atual campeão nacional, viaja até ao Clube Desportivo de Nacala, um terreno difícil para a conquista de três pontos. O campeão nacional foi ao mercado interno assim como ao zambiano buscar jogadores para reforçar o seu plantel. A equipa quer manter o título e conquistar, este sábado, o primeiro na presente da temporada.

A equipa vice-campeã, a União Desportiva de Songo, recebe o 1º de Maio de Quelimane.

No total, 16 equipas competem este ano no Moçambola, durante 30 jornadas, dividas em duas voltas. A prova de futebol mais importante em Moçambique começa com duas semanas de atraso. O arranque falhou a 18 de fevereiro, devido à falta de quórum para a realização da Assembleia-Geral da Liga Moçambicana de Futebol (LMF).

Na época passada, o Moçambola gerou um passivo de 30 milhões de meticais (cerca de 413 mil euros), segundo dados divulgados pelo presidente da LMF, Ananias Couana.

Estreias no Moçambola 2017

Esta época, estreiam-se no Moçambola três novas equipas: a Universidade Pedagógica de Lichinga, que entrou na competição pela zona norte, o Textáfrica de Chimoio, da zona centro e a Associação Desportiva de Macuacua, sul. Estas duas últimas defrontam-se na primeira jornada do campeonato.

Fußball Mosambik
O Textáfrica de Chimoio arrasta consigo muitos adeptosFoto: DW/B. Jequete

A partida, no campo da Soalpo, em Chimoio, é aguardada com enorme expetativa. A equipa da casa volta a participar no Moçambola, depois de seis anos fora do campeonato nacional. Os "fabris do planalto" foram os primeiros campeões nacionais depois da independência de Moçambique e continuam a arrastar multidões em jogos dentro ou fora de casa.

A direção do Textáfrica, além de continuar a apostar na prata da casa, foi aos mercados paraguaio e argentino contratar um atacante, um central e um guarda-redes. Abdul Omar, treinador do Textáfica, assegurou que tem uma equipa reforçada para lutar pelo título. 

As contratações do Textáfrica parecem não intimidar Sebastião Sithoe, técnico da Associação Desportiva de Macuacua, que considera ter condições para vencer. O principal objetico para esta época, acrescentou o treinador, é a manutenção no Moçambola.

Também a direção da equipa Universidade Pedagógica de Lichinga pretende lutar pela manutenção no principal campeonato de futebol e dignificar a província do Niassa, que estava sem representantes no Moçambola.

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