Líder oposicionista são-tomense não concorrerá a Presidente
30 de novembro de 2015No domingo (29.11.2015), o maior partido da oposição em São Tomé e Príncipe voltou a eleger Aurélio Martins para a liderança do MLSTP/PSD. No discurso de encerramento dos trabalhos, no sexto congresso ordinário do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata, o líder do partido garantiu que não se vai candidatar às eleições presidenciais de 2016.
O presidente do principal partido da oposição em São Tomé e Príncipe, eleito por sufrágio direto dos seus militantes, disse que irá concentrar seus esforços na reorganização do MLSTP/PSD para responder aos próximos desafios: “Vou trabalhar para que o MLSTP possa encontrar uma candidatura consensual”.
Aurélio Martins prometeu fazer uma oposição construtiva ao Governo do partido no poder ADI (Ação Democrática Independente). “Um MLSTP/PSD para mais desenvolvimento e igualdade. Identificar os erros de governação e apresentar soluções”, garantiu Martins.Na defesa dos interesses, com vista ao desenvolvimento de São Tomé e Príncipe, o líder do MLSTP/PSD enfatizou a pretensão de manter as relações diplomáticas com Taiwan e continuar fomentando as relações económicas com a República Popular da China: “A China hoje é uma potência mundial e não podemos estar de costas viradas para esse país”.
A nomeação de Martins
O sexto congresso ordinário do MLSTP/PSD teve como lema “Maior Desenvolvimento e Igualdade”. Legitimou o novo presidente do partido eleito por sufrágio direto dos seus militantes, aprovou o pacote de alterações aos estatutos e elegeu os membros de suas estruturas, nomeadamente dos conselhos nacional e jurisdicional.
Recorde-se que Aurélio Martins acabou por concorrer sozinho, face à desistência de outros candidatos, nomeadamente, Elsa Pinto e Agostinho Rita, e foi eleito com 85% de votos expressos.
A reunião magna realizada no último domingo (29.11) contou com a presença de representantes de partidos políticos santomenses e de países amigos da CPLP, nomeadamente, o MPLA, o Partido Democrático da Guiné Equatorial e do PAICV, além de membros do corpo diplomático. Os delegados ouviram mensagens desses partidos, bem como do PSD português, que não se fez representar, devido à situação política em Portugal.