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Luanda: Cidade cara, com pouca luz e muito lixo

31 de janeiro de 2017

A capital angolana é frequentemente considerada uma das cidades mais caras do mundo para expatriados. Mas a vida também está cada vez mais difícil para os luandenses.

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Foto: picture-alliance/dpa/W.Langenstrassen

Na cidade de Luanda, sobretudo na periferia, o barulho dos geradores é frequente, pois há cortes constantes de eletricidade. "Quase sempre ficamos sem energia", confirma o morador Wilson Barroso.

Apesar de terem sido criados centros de fornecimento de eletricidade, muitos bairros da capital angolana continuam às escuras. Quase não se vê iluminação pública nas ruas e avenidas.

Luanda: Cidade cara, com pouca luz e muito lixo

Os moradores queixam-se também da insegurança e dos amontoados de lixo nas ruas de Luanda, que acaba de comemorar 441 anos.

"Há muito lixo mesmo e não há serviços de limpeza", afirma Wilson. "Gostaria de ver a cidade limpa."

Ainda assim, Luanda aparece constantemente na lista das cidades mais caras do mundo para expatriados.

Escura, suja… e cara

Por causa da crise económica e financeira resultante da queda do preço do barril de petróleo no mercado internacional, os preços dos serviços e bens de primeira necessidade continuam a subir. Não há divisas para importar produtos e o salário mínimo nacional é muito baixo. Como consequência, os angolanos perderam poder de compra.

Por isso, Luanda também é cara para os cidadãos nacionais. "O nosso salário não é em função da vida que temos - é muito inferior e as coisas são muito caras", conta Pedro da Silva Maty.

Pouco ou nada sobra para "desenvolver a vida ao nível social e pessoal", comenta Pedro. Afinal, morar na capital angolana pode custar mais do que em grandes metrópoles como Nova Iorque, Londres ou Hong Kong, num país onde a maior parte da população vive com menos de dois dólares por dia.