Liga dos Campeões: Liverpool está na final!
3 de maio de 2018O Liverpool está na final da Liga dos Campeões, 11 anos depois. Apesar da derrota por 4-2, os "reds" venceram a eliminatória com um agregado total de 7-6, depois da vitória em Anfield Road, por 5-2. A 26 de maio, na Ucrânia, Liverpool e Real Madrid jogam o troféu mais desejado do futebol europeu.
Derrota com sabor a vitória
O Liverpool levou uma boa vantagem, de 5-2, para Roma. No entanto, o alerta esteve sempre no ar, pois os romanos haviam chegado às "meias" da "Champions", depois de virarem uma diferença de 3 golos. Os "reds" não podiam ter arrancado o jogo de melhor forma. Aos 25 minutos, o Liverpool já vencia por 1-2, com golos de Sadio Mané e Wijnaldum. Pelo meio, o Roma marcou, através de uma infelicidade de James Milner, que viu um colega de equipa pontapear-lhe a bola contra a cara e a trair Karius.
Com o agregado em 7-3, o Roma precisava de marcar mais quatro golos, para pelo menos, empatar a eliminatória. O Liverpool nunca mostrou lucidez ofensiva e esse fator influenciou a maneira da equipa inglesa de defender. Os romanos acreditaram e estiveram sempre em cima do Liverpool, que viria a resultar em três golos e o resultado final em 4-2 (6-7 ag.)
Apesar do susto, o Liverpool está na final da Liga dos Campeões, 11 anos depois. Os "reds" já conquistaram por cinco vezes (1977, 1978, 1981, 1984 e 2005) a prova mais conceituada do futebol europeu.
Roma "caíu de pé"
Depois da remontada conseguida frente ao Barcelona nos quartos de final, tudo era possível no Olímpico de Roma. Os italianos precisavam do mesmo resultado frente ao Liverpool, que haviam conseguido diante dos espanhóis. 3-0 dava o bilhete para a final de Kiev. O Roma entrou no jogo, muito mal defensivamente, com passes de risco na 1ª fase de construção de jogo e sofreu dois golos à conta disso. Se já era difícil, tornou-se quase impossível. O italianos foram para o intervalo a perder por 1-2 e precisavam de fazer uns segundos 45 minutos de uma vida.
O Roma entrou muito melhor e Edin Džeko empatou a partida logo aos sete minutos do segundo tempo. Muitos remates, 24 ao longo do jogo, pouco acerto, muito devido aos postes ou à atenção de Karius, guardião do Liverpool. Pelo meio, os italianos queixaram-se de duas grandes penalidades cometidas pelo Liverpool. Um dos lances foi ao minuto 62, com o defesa direito inglês, Alexander-Arnold, a travar um remate de El Shaarawy, com a mão, dentro da pequena área, evitando que a bola fosse para a baliza de Karius.
Ainda assim, o Roma conseguiu dois golos nos momentos finais da partida. Nainggolan redimiu-se do pecado cometido na primeira parte, ao "oferecer" a bola ao Liverpool, que viria a dar o primeiro golo do jogo, e bisou na partida. Primeiro, ao minuto 86 e o segundo, já para além da hora, através da conversão de uma grande penalidade. 4-2. O Roma ficou a um golo de empatar a eliminatória. Fica a dúvida quanto aos penálties que, a serem marcados, como acabaria a noite no Olímpico de Berlim.
A "mão" de Klopp
É indiscutivelmente, um dos, ou até mesmo, o grande obreiro do percurso irrepreensível do Liverpool, na Liga dos Campeões.
14 jogos, 46 golos marcados (um recorde na história da competição), nove vitórias, quatro empates e apenas uma derrota. Números que dão vida e simbolizam a cavalgada dos "reds" até à final da "Champions".
E porque Klopp é o maestro desta equipa, foi ele que fez explodir um dos tridentes ofensivos mais temidos do futebol mundial. Mané, Salah e Firmino. O trio maravilha marcou 29 dos 46 golos do Liverpool na prova. São as armas mais letais que o técnico alemão levará para Kiev.
11 anos depois, o Liverpool vai disputar a final da Liga dos Campeões, e logo frente à equipa recordista da prova, o atual bicampeão europeu, Real Madrid. Ainda sem títulos pelo Liverpool, para Jürgen Klopp, será a 2ª final como treinador. A primeira foi em 2013, na altura ao comando do Borussia de Dortmund, cuja final viria a perder para o rival, Bayern de Munique.