Liga das Nações: Os sonhos de grandes e pequenos

A França, com a acrescida responsabilidade do título mundial conquistado na Rússia, começou bem a presença na Liga das Nações, a nova competição da UEFA para seleções nacionais. Com um empate a zero na Alemanha e uma vitória, em casa, por 2-1, sobre a Holanda, Kylian Mbappé e companheiros ficam em excelente posição num dos grupos mais difíceis da prova.

Ainda a recuperar da desastrosa participação na fase final do Mundial 2018, a Alemanha de Joachim Löw procura iniciar um novo ciclo, ainda que recorrendo à experiência e qualidade de alguns dos seus principais nomes. Toni Kroos (na foto num lance com Paul Pogba, durante o Alemanha-França da Liga das Nações), é o exemplo de determinação que Löw pretende assegurar na nova fase da seleção alemã.

Depois da presença na final do Mundial, a Croácia teve um penoso "regresso à terra", sendo varrida por um vendaval espanhol em Elche. Os vice-campeões mundiais perderam por 6-0, dando mostras de uma inacreditável fragilidade. Modrić, considerado pela UEFA o melhor jogador da Champions League da época passada, não esconde o desencanto por um resultado totalmente fora das previsões.

Uma goleada das antigas (6-0) marcou o início da presença espanhola na Liga das Nações da UEFA. Em Elche, o conjunto agora orientado por Luís Enrique pulverizou a Croácia e demonstrou ter sarado já as feridas de uma participação pouco conseguida no Mundial da Rússia. O novo selecionador trouxe métodos mais rigorosos à equipa "roja" e os resultados não tardaram a surgir.

Sem Cristiano Ronaldo (não convocado por Fernando Santos para o início da Liga das Nações), a seleção de Portugal teve um novo e inesperado número sete: Bruma, o jovem guineense de 23 anos, foi o escolhido e realizou uma excelente partida na vitória dos portugueses sobre a Itália, por 1-0. Bruma, que há duas temporadas representa o RB Leipzig, mostrou ser trunfo para novas apostas.

A fórmula de disputa da Nations League trouxe jogos de maior emoção, e um equilíbrio a que os países de menor "ranking" não estavam habituados. O Kosovo, por exemplo, bateu, em Pristina, as Ilhas Faroe (2-0), e está no comando do seu grupo, com quatro pontos. Equipas menos cotadas podem agora celebrar vitórias e frente a adversários do mesmo nível. Essa é uma das motivações da Liga das Nações.

Na Liga das Nações, as seleções europeias são divididas em quatro escalões, de acordo com o seu "ranking". Jogando em sistema de grupos, os vencedores sobem de divisão e os últimos classificados são despromovidos. Esta ideia de mini-campeonato proporciona maior equilíbrio e permite aos menos cotados jogarem entre si e terem objetivos competitivos mais facilmente alcançáveis.