Liga das Nações: Holanda renascida e Alemanha irreconhecível
Uma Holanda em processo de renovação é sensação na Liga das Nações, enquanto a Alemanha continua a sua travessia do deserto, com resultados muito longe dos pergaminhos. Já a França puxa dos galões de campeã do mundo.
Griezmann, o "senhor golo"
Antoine Griezmann foi a chave para a vitória francesa sobre a Alemanha, em Saint Denis. O 2-1 final deixa os alemães sem possibilidades de chegarem ao primeiro lugar no grupo 1 (Liga A) da Liga das Nações, enquanto os campeões mundiais vão agora discutir a vitória no grupo e o consequente apuramento para a "final four" com a Holanda.
O rosto mais contestado
Passou há muito o "estado de graça" de Joachim Löw à frente da seleção alemã de futebol. Depois do título mundial de 2014, os germânicos não voltaram a grandes cometimentos, com o pior momento a suceder no Mundial da Rússia, quando a "Mannschaft" se ficou pela fase de grupos. Agora, na Liga das Nações, duas derrotas consecutivas - 3-0 na Holanda e 2-1 em França - deixam Löw em maus lençóis.
O miúdo está a crescer...
Formado nas escolas do Estugarda, Joshua Kimmich em boa hora se transferiu para o Bayern Munique. Com a responsabilidade de substituir Phillip Lahm na lateral-direita do clube e da seleção, Joshua tem crescido a olhos vistos e na equipa da Alemanha assume agora um papel preponderante na construção de jogo. Com 23 anos e há quatro na Baviera, Kimmich é dos poucos indiscutíveis na "Mannschaft".
A nova "laranja mecânica"
Demorou, mas chegou: a renovação da Holanda, pela mão de Ronald Koeman, está em marcha e já garante resultados. A rotunda vitória sobre a Alemanha (3-0 em Amsterdão), com uma nova geração de jogadores, abre excelentes perspetivas de futuro à equipa holandesa. Para já, na Liga das Nações, vai lutar com a França pelo primeiro lugar depois de humilhar uma irreconhecível Alemanha...
Espanha: No melhor pano cai a nódoa
Depois de duas vitórias categóricas (na foto, um momento do 6-0 à Croácia), a seleção espanhola escorregou na receção à Inglaterra, perdendo por 3-2. No grupo 4 (Liga A), e a dois jogos do final, (Croácia-Espanha e Inglaterra-Croácia) todas as equipas têm hipóteses de chegar ao primeiro lugar, embora a seleção ibérica mantenha apreciável vantagem sobre a concorrência inglesa e croata.
O suspiro italiano
Após um empate (1-1) com a Polónia, em Bolonha (na foto), e de uma derrota (1-0) com Portugal, em Lisboa, a Itália renasceu em Chorzow, vencendo os polacos por 1-0, mesmo ao cair do pano, e dando a si própria a possibilidade de discutir com os portugueses o primeiro lugar do grupo 3. Os campeões europeus têm vantagem, jogando ainda em Milão com a Itália e em Guimarães com a Polónia.
Pode Xhaka voltar a sorrir?
Granit Xhaka, o "capitão" da Suíça, guarda ainda esperanças na conquista do primeiro lugar no grupo 2. Mesmo após a derrota em Bruxelas (2-1 com a Bélgica), os helvéticos recebem os belgas no derradeiro encontro, em Lucerna, e podem, no confronto direto, resolver a questão. Pelo meio a Bélgica defronta a Islândia e deverá confirmar o favoritismo frente aos nórdicos, que estão já fora da corrida.
O novo troféu europeu
A Liga das Nações (cujo troféu é aqui apresentado pelo presidente da UEFA, Alexander Ceferin) está dividida em quatro ligas, de acordo com o "ranking" europeu. Em todos os grupos de cada liga, o primeiro classificado é promovido ao escalão superior e o último relegado ao inferior. Na Liga A, onde pontificam as 12melhores seleções europeias, os vencedores dos grupos disputam uma "final four".