IV congresso Internacional da Educação Ambiental da CPLP
17 de julho de 2017O evento decorre sob o tema "A terra é uma Ilha" e Portugal participa com 54 delegados, seguido pelo Brasil, com 20, Guiné-Bissau, com 14, Angola, com seis, Galiza também com seis, Moçambique, com cinco, Cabo Verde, com quatro, Timor Leste, com três, o país anfitrião com 148 (São Tomé 52, Príncipe 96) e um delegado representante do México.
A abertura do evento que se realiza pela primeira vez em contexto insular será feita pelo Presidente são-tomense, Evaristo Carvalho, que se desloca à cidade de Santo António, na manhã desta segunda-feira (17.07), acompanhado pelo ministro da Educação, Cultura, Ciência e Comunicação, Olinto Daio.
Joaquim Ramos Pinto, presidente da Associação Portuguesa de Educação Ambiental e membro da comissão organizadora deste congresso considerou que o evento resulta do "esforço de alguns voluntários da Região Autónoma do Príncipe e de outros países parceiros da CPLP".
A ilha do Príncipe candidatou-se para acolher este IV congresso em abril de 2015 e é considerada a reserva mundial da biosfera.
Solucionar questões ambientais
"Vamos constatar, viver, partilhar, refletir, discutir e lançar propostas de solução para os problemas ambientais" a nível da CPLP, destacou Joaquim Ramos Pinto.
O presidente do governo regional disse aos jornalistas estar "muito satisfeito com a participação de todos os países da CPLP neste congresso", pois "é a primeira vez" que a ilha do Príncipe "organiza um evento com esta dimensão".
"Estou convencido de que nós teremos aqui quatro dias de discussões muito interessantes, com um programa muito intenso em matéria que diz respeito à conservação ambiental, alterações climáticas, sobretudo na temática da educação ambiental, que é fundamental para nós", disse José Cardoso Cassandra.
"Julgo que é uma experiência sã, uma experiência muito boa para todos nós", sublinhou o presidente do governo regional, considerando este congresso como "uma grande atividade da CPLP na Região Autónoma do Príncipe".
"Este evento, para nós, ganha maior notoriedade porque será um evento da língua portuguesa, um evento que diz respeito a todos nós, penso que será um congresso para ajudar a definir as linhas de força que permitam a formulação de políticas públicas que possam ajudar a melhorar a educação ambiental no planeta Terra", explicou José Cassandra.
Educação e ambiente são "chave para a democratização"
Em comunicado distribuído aos jornalistas, a organização do evento sublinha que o congresso "dará oportunidade aos participantes de tomarem contacto com a multiplicidade de olhares que cruzam com o campo da educação ambiental dos países, regiões e comunidades falantes da língua portuguesa, visando, entre outros objetivos, o papel político da educação ambiental".
A educação e o ambiente são "a chave para a democratização da nossa casa comum", no sentido de promover novas formas de governanção "em diferentes tipos de organizações políticas e da sociedade civil" através de metodologias participativas e de decisão democrática, consideram os organizadores.
O congresso irá decorrer durante quatro dias, sendo dois dedicados a atividades científicas e outros dois para eventos e contatos com as comunidades.
Painéis, mesas redondas, feira de trocas de sabores, arte e cultura da CPLP, visita a projetos, interação nas comunidades e distribuição de materiais de segurança marítima integram o vasto programa de atividades do IV congresso Internacional da Educação Ambiental da CPLP e Galiza.