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PolíticaIsrael

Israel diz que Irão vai "pagar" após ataques com mísseis

DW (Deutsche Welle) | ad | com agências
2 de outubro de 2024

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu retaliar, após lançamento de mísseis iranianos contra território israelita. que Teerão caracterizou como "autodefesa". UE e ONU apelam ao restabelecimento da paz.

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Sistema anti-mísseis de Israel interceptou mísseis balísticos iranianos
"O Irão cometeu um grande erro e vai pagar por ele", declarou Benjamin Netanyahu após ataques iranianos com mísseisFoto: Amir Cohen/REUTERS

Um alto funcionário dos EUA já tinha alertado na terça-feira que o Irão estava a preparar um ataque iminente com mísseis balisticos contra Israel. 

Poucas horas depois, às 19h30, hora local, mais de 180 mísseis iranianos cruzavam os céus de Telavive. Logo após o soar das sirenes, ouviram-se as primeiras explosões.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu aos cidadãos que obedeçam "estritamente” às diretrizes de segurança impostas no centro do país, pouco depois do alerta norte-americano.

As forças armadas de Israel, pela voz do representante, Daniel Hagari, pediram ao povo para se proteger, assegurando que o sistema de defesa aéreo está pronto para defender o país.

Iranianos na cidade de Teerão, palestinianos na Faixa de Gaza e iraquianos em Bagdad celebraram o ataque a Israel. A celebração chegou à televisão estatal do Irão, onde o apresentador deu a notícia como ato de vingança a Israel.

Israel promete retaliar

Benjamin Netanyahu reagiu ao ataque iraniano como um erro grave e prometeu que Teerão vai retaliar. "O Irão cometeu um grande erro esta noite e vai pagar por ele. O regime do Irão não compreende a nossa determinação em nos defendermos e a nossa determinação em retaliar contra os nossos inimigos", disse.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, fez comentários semelhantes, afirmando que "o Irão não aprendeu uma lição simples: quem ataca o Estado de Israel paga um preço elevado."

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As reações internacionais chegaram em uníssono e em total concordânia: Alemanha, Espanha, França, Reino Unido, Japão, Austrália e os EUA colocaram-se ao lado de Israel e condenaram o ataque iraniano.

Joe Biden, Presidente dos EUA, disse que o ataque é intolerável e não deixou de parte uma retaliação conjunta com Israel contra o Irão: "O ataque parece ter sido derrotado e ineficaz. E isto é uma prova da capacidade militar israelita e das forças armadas americanas. É também uma prova do planeamento intensivo entre os Estados Unidos e Israel para antecipar e defender-se contra este ataque descarado."

"Não se enganem, os Estados Unidos apoiam Israel totalmente, totalmente, totalmente", frisou ainda Biden.

A vice-presidente Kamala Harris, que é também a candidata democrata à presidência dos EUA, considerou o Irão uma "força desestabilizadora e perigosa no Médio Oriente" e disse que apoia "totalmente" a "ordem do Presidente Biden para que as forças armadas dos EUA abatam os mísseis iranianos que visam Israel."

Chanceler alemão pede cessar-fogo 

O chanceler alemão Olaf Scholz apelou ao Irão e ao Hezbollah para que cessem "imediatamente" os seus ataques contra Israel. "Os ataques com mísseis iranianos contra Israel devem ser condenados com a maior veemência possível", afirmou em comunicado.

"Existe o risco de uma nova escalada da situação já tensa no Médio Oriente. O Irão corre o risco de incendiar toda a região, o que deve ser evitado a todo o custo. O Hezbollah e o Irão têm de parar imediatamente os seus ataques contra Israel", declarou.

Scholz aproveitou a oportunidade para insistir numa trégua. "Juntamente com os nossos parceiros, continuaremos a trabalhar para mediar um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah."

Após o anúncio de todo o apoio internacional, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão anunciou na rede social X que o ataque estava concluído, mas deixou uma ameaça: Se Israel retaliar, a resposta do Irão será mais forte e estrondosa.

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