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Ilha Maurícia declara emergência ambiental

Lusa | rl
8 de agosto de 2020

Rutura num navio, que transportava cerca de 4.000 toneladas de gasóleo e petróleo, provocou, esta sexta-feira (07.08), um derrame nas águas do arquipélago. França já anunciou que enviará ajuda.

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Frachter vor Mauritius verliert Öl
Foto: picture-alliance/AP/Maxar Technologies

A ilha Maurícia, pertencente à República das Maurícias, declarou, esta sexta-feira (07.08); "estado de emergência ambiental" após uma rutura num navio com bandeira do Panamá ter causado um derrame de petróleo nas águas do arquipélago.

O primeiro-ministro das Maurícias, Pravind Jugnauth, anunciou a decisão, após as imagens de satélite terem mostrado uma mancha escura a espalhar-se pelas águas perto de áreas que o Governo considera "muito sensíveis" a nível ambiental.

"[O derrame] representa um perigo para as ilhas Maurícias. O nosso país não tem as competências nem os conhecimentos para retificar a posição de navios encalhados e pedi a ajuda da França e do Presidente Emmanuel Mácron", adiantou Pravind Jugnauth, numa publicação nas redes sociais. 

França envia ajuda

Entretanto, e já este sábado (08.08), o Presidente francês confirmou, na sua rede social Twitter, que irá enviar ajuda ao país.

"Quando a biodiversidade está em perigo, há uma necessidade urgente de agir. A França está lá. Ao lado do povo mauriciano", afirmou o Presidente francês, acrescentando que o país vai enviar "equipas e diverso equipamento".  

Frachter vor Mauritius verliert Öl
Navio encalhou a 25 de julho no sudeste da ilha MauríciaFoto: picture-alliance/dpa/Mauritian Wildlife Foundation

Espécies em perigo

A destruição de milhares de espécies é um cenário também avançado pelo dirigente da organização ambientalista Greenpeace África. Num comunicado enviado à imprensa, Happy Khambule, afirma que "milhares de espécies em torno das lagoas cristalinas de Blue Bay, Pointe d'Esny e Mahebourg estão em risco de destruição num mar de poluição, com consequências terríveis para a economia, para a segurança alimentar e para a saúde das Maurícias".

Também em declarações na sexta-feira (07.08), o ministro do Ambiente das Maurícias, Kavy Ramano, adiantou que o Governo fez todos os esforços para retirar a tripulação do navio e que a prioridade agora é evitar que o combustível derramado no mar chegue às praias e lagoas próximas. O governante admitiu também que o país se encontra diante uma "crise ambiental".

O navio 'MV Wakashio', que transportava cerca de 4.000 toneladas de gasóleo e petróleo num percurso entre a China e o Brasil, encalhou a 25 de julho no sudeste da ilha Maurícia.

Um inquérito policial também foi aberto para investigar possíveis situações de negligência, disse um comunicado do Governo.