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Gana: Oposição rejeita reeleição do Presidente Akufo-Addo

Lusa
10 de dezembro de 2020

O Congresso Nacional Democrático, o maior partido da oposição no Gana, considera os resultados "fraudulentos" e acusa a presidente da comissão eleitoral de agir de "má fé".

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Ghana Wahl l Anhänger der NDC National Democratic Party in Accra
Foto: Cristina Aledhuela/AFP

O principal partido da oposição no Gana, o Congresso Nacional Democrático (NDC), cujo candidato ficou em segundo lugar numa eleição presidencial fortemente criticada, anunciou, esta quinta-feira (10.12), que vai contestar os resultados anunciados pela comissão eleitoral do país.

Akufo-Addo, do Partido Novo Patriota, foi o vencedor das eleições, realizadas na passada segunda-feira, com 51,3% dos votos, derrotando o seu antecessor no cargo, o ex-presidente John Dramani Mahama, que recebeu 47,3% dos votos escrutinados, de acordo com a comissão eleitoral, que fez entretanto uma ligeira correção dos dados anunciados ao fim do dia de quarta-feira. 

Resultados "fradulentos"

Haruna Iddrisu, dirigente do NDC, anunciou que o partido "rejeita" os resultados da eleições, que considera "fraudulentos", depois de uma "consulta extensa" dos mesmos. 

O responsável, citado pela agência Associated Press, acusou ainda a presidente da comissão eleitoral, Jean Mensa, de agir de "má fé" ao ignorar o pedido de Mahama para que atecondesse algumas das suas preocupações e ao anunciar um resultado "sem crédito".

"A condura da presidente da comissão eleitoral e outra informação disponível tornam impossível que aceitemos os resultados das eleições" gerais, afirmou Iddrisu.

Em contramão a estas afirmações, um dos responsáveis da coligação dos observadores ganeses às eleições (Codeo), Sheikh Arimiyawo Shaibu, anunciou que o organismo considera que "os resultados apresentados pela comissão eleitoral refletem a forma como os ganeses votaram na eleição presidencial de 7 de dezembro".

A Codeo, que esteve presente em 4 mil dos 38 mil assembleias de voto no país, aconselhou os candidatos a "confiarem" nos resultados e a "resolverem pacificamente" eventuais desentendimentos pela "via legal", acrescentou Shaibu. 

Os resultados das eleições presidenciais foram anunciados 48 horas após o fim da votação, que decorreu na passada segunda-feira, quando mais de 17 milhões de eleitores foram chamados às urnas para escolher um entre os 12 candidatos à magistratura suprema do Estado. 

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