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FACIM: Empresas alemãs de olho na indústria extrativa

29 de agosto de 2019

Engenharia de topo, tecnologias de informação e comunicação, máquinas e equipamentos de ponta são as bandeiras da Alemanha nesta edição da Feira Internacional de Maputo. Brasil também marca forte presença.

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Mosambik | Deutscher Pavillon auf der FACIM 2019
Pavilhão alemão na FACIM 2019Foto: DW/R. d. Silva

A maior feira comercial e industrial de Moçambique - a Feira Internacional de Maputo (FACIM) - está a movimentar empresários de vários setores na capital, Maputo.

Onze empresas da maior economia europeia buscam parcerias com pequenas e médias empresas moçambicanas, mas também com as multinacionais que exploram os recursos naturais em Moçambique.

As empresas alemãs expõem máquinas pesadas para atrair os investidores da indústria extrativa.

Soluções para o setor mineiro

A Hytec Services Mozambique, baseada no Parque Industrial de Beluluane, na Matola, traz para esta edição da FACIM uma máquina de alta tecnologia de acionamento hidráulico e pneumático.

FACIM - MP3-Mono

Amândio Cumbane, representante da empresa, não pára de receber visitas e está atarefado a dar explicações aos vários curiosos e interessados em ver a máquina a funcionar.

"É um sistema que foi trabalhado para transporte de minerais, Puxa esteiras através de um sistema elétrico que é uma tecnologia nova, mais simples e mais eficaz," explica.

A empresa responde aos desafios do setor mineiro, sobretudo em Moçambique. A Hytec existe há vinte anos e Amândio Cumbane não tem dúvidas sobre a sua importância na extração de carvão mineral.

"São equipamentos que são usados na indústria pesada. Em minas, têm aplicações para fábricas, por exemplo. Podes usar uma unidades dessas para comprimir material como o carvão. Ela consegue granular o produto," acrescenta o responsável.

A FACIM é a maior feira internacional de Moçambique e uma montra importante para as empresas alemãs. A German-African Business Association é uma entidade que faz a ponte comercial entre a Alemanha e o continente africano. Em Moçambique, já fez contatos com diversas empresas nacionais para parcerias, garante Lisa Steinbacher, da associação.

"Já tivermos algumas conversas com algumas empresas moçambicanas e esperamos que, no fim dessas conversas, haja parcerias. Acreditamos que, pelo tempo que vai durar o evento, haverá certamente muitas parcerias," afirma otimista.

Mosambik Tete Kohleabbau
Exploração de carvão em TeteFoto: Getty Images/AFP/G. Guercia

Brasil presente com 10 empresas

A Alemanha está longe de estar sozinha na feira. Por exemplo, o Brasil, a maior economia da América do Sul, trouxe dez empresas para estabelecer parcerias.

Gustavo Buttes, chefe da missão empresarial brasileira nesta feira, diz que o foco está mesmo na indústria extrativa.

"Claro que viemos na esteira destas recentes descobertas de petróleo e gás no norte de Moçambique. É, sem dúvida, um setor que desperta muito interesse. Mas acho que, no âmbito industrial e na oferta de produtos, o nosso stand está bastante bem representado," considera.

O ambiente de negócios em Moçambique é favorável, diz Gustavo Buttes. Por isso é que o Brasil se quer manter firme no mercado nacional.

A FACIM começou na passada segunda-feira (26.08), e termina no domingo (01.09).

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