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Exxon compra 25% da participação da ENI em Moçambique

Lusa | Reuters
9 de março de 2017

Aquisição custa 2,8 mil milhões de dólares americanos. Italiana ENI vai continuar a liderar projeto Coral, em Moçambique. Exxon vai liderar construção e operação da construção da central de liquefação de gás em terra.

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Plataforma na Bacia de Rovuma, em Cabo DelgadoFoto: ENI East

"Este investimento estratégico vai permitir à Exxon Mobil LNG trazer a sua experiência e liderança para apoiar o desenvolvimento dos abundantes recursos de gás natural em Moçambique", comentou o diretor executivo da petrolífera americana, Darren Woods, em comunicado publicado na página da internet da empresa.

Segundo o acordo, a italiana ENI vai continuar a liderar o projeto de gás natural liquefeito Coral e todas as operações na Área 4,  na bacia do Rovuma, em Moçambique. Já a Exxon, explica o comunicado, vai liderar a construção e a operação da construção da central de liquefação de gás em terra.

A operação financeira, no valor 2,8 mil milhões de euros (aproximadamente 26,5 mil milhões de euros) apenas ficará completa depois da aprovação das entidades reguladoras moçambicanas e de outros trâmites legais, e é um forte sinal de que o projeto deverá avançar em breve.

Acelerar construção de infraestruturas

A entrada da gigante petrolífera norte-americana no projeto Coral é feita através da compra de uma participação no consórcio da ENI East Africa, que passará a ser detido em partes iguais de 37,5% pela ENI e pela Exxon.

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Bacia do Rovuma, em Cabo DelgadoFoto: ENI East

Este negócio serve essencialmente para acelerar o processo de construção das infraestruturas necessárias para converter o gás extraído nas áreas 1 e 4 da costa moçambicana em líquido que possa depois ser exportado para os mercados internacionais.

Os projetos na Área 4 são detidos em 70% pela ENI East Africa, sendo os restantes pertencentes ao regulador local, a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos de Moçambique, e também à Kogas, da Coreia do Sul, e à portuguesa Galp, cada uma com 10%.

O acordo dá a Moçambique a possibilidade de deixar de ser um dos países mais pobres do mundo para se tornar em um Estado rico e um grande exportador global de gás natural liquefeito.

A Área 4 é uma das maiores descobertas de gás nos últimos anos. As reservas seriam suficientes para abastecer a Alemanha, a Grã-Bretanha, a França e a Itália por cerca de duas décadas.

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