Israel: EUA anunciam negociações para libertação de reféns
7 de fevereiro de 2024Depois de falar com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, num encontro em Jerusalém, o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, disse: "Todos temos a obrigação de fazer todo o possível para levar a ajuda necessária a todos aqueles que dela precisam desesperadamente".
Sobre um futuro novo acordo para libertação de reféns retidos em Gaza, o secretário de Estado norte-americano mostrou-se otimista, mas reconheceu que ainda "há muito trabalho por fazer".
"Estamos muito focados nesse trabalho para, esperamos, poder retomar a libertação dos reféns que foi interrompida", confessou Blinken, lembrando que cerca de uma centena de reféns foram já libertados durante uma semana de tréguas, no final de novembro.
Blinken assegurou que o seu Governo está focado em avançar para um acordo que permita "a retoma da libertação de reféns que foi interrompida há meses", reconhecendo estar a analisar uma iniciativa proposta pelo Hamas que inclui um roteiro com três fases.
O plano do Hamas inclui trocas de reféns por prisioneiros palestinianos, a retirada das tropas israelitas da Faixa de Gaza e um aumento significativo da ajuda humanitária, embora o Governo israelita tenha evitado quaisquer possíveis concessões e, neste momento, aposte em continuar com a sua ofensiva.
O chefe da diplomacia norte-americana reiterou o seu apoio a Israel e a necessidade de trabalhar para que ataques como os de 7 de outubro "nunca se repitam", mas ao mesmo tempo também sublinhou a importância de adotar todas as medidas possíveis para proteger os civis em Gaza.
Qatar defende solução para travar escalada no Médio Oriente
O primeiro-ministro do Qatar, cujo país é um mediador fundamental entre Israel e o Hamas, exigiu hoje uma solução justa, abrangente e duradoura para a causa palestiniana, que levaria ao fim da escalada na região.
"É necessário resolver a raiz de todas as formas de escalada na região através de uma solução justa, abrangente e duradoura para a causa palestiniana", declarou Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani, num comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar.
Da mesma forma, expressou "a preocupação do Qatar com a extensão do ciclo de violência na região e as suas repercussões na segurança internacional e na estabilidade da zona".
O primeiro-ministro do Qatar, também ministro dos Negócios Estrangeiros do seu país, manifestou esta posição durante um encontro, em Doha, com o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abulgueit, com quem abordou "a evolução da situação na Faixa de Gaza e nos territórios palestinianos ocupados, assim como a ação conjunta dos árabes".
A visita do chefe da Liga Árabe, formada por 22 países, incluindo o Qatar, ocorre um dia depois de o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ter estado em Doha em busca de um acordo para uma trégua no conflito em Gaza.
Blinken está na sua quinta viagem ao Médio Oriente.