Daniel Chapo diz que é o "motorista" que Moçambique precisa
28 de setembro de 2024"No dia 09 de outubro temos de ir escolher a pessoa para nos conduzir nos próximos cinco anos (...). O motorista para nos conduzir", afirmou esta manhã o candidato e secretário-geral da FRELIMO, num comício em Namuno, um dos quatro distritos de Cabo Delgado em que fez campanha desde sexta-feira, depois de Mocímboa da Praia, Mueda e Muidumbe.
Ex-governador da província de Inhambane, sul do país, e antigo administrador do distrito de Palma, em Cabo Delgado, a norte, Daniel Chapo, 47 anos, criticou a falta de experiência dos restantes candidatos, logo após detalhar os investimentos feitos localmente pelo Governo, liderado pela FRELIMO.
"Motoristas que nunca conduziram. E que vocês nunca viram conduzir. Esses é que podem vir para dizerem que vão saber conduzir quando sentarem no carro? A FRELIMO e o seu candidato não são assim", disse, garantindo que após os cargos locais e provinciais que ocupou, agora quer "desenvolver Moçambique".
"A FRELIMO e o seu candidato é o único que trabalha com o povo e para o povo", insistiu, apelando ao voto no único partido que governou Moçambique desde a independência, prometendo "renovação" e uma "mudança para melhor".
"Não há nenhum partido que tenha experiência de dirigir o povo como o partido FRELIMO, porque é partido do povo (...). Por isso, no dia 09 de outubro não vale a pena perder tempo. Nós viemos aqui dizer à população de Namuno que no dia 09 de outubro é nossa tarefa ir saber escolher e saber escolher é escolher a experiência", apelou, perante milhares de apoiantes a quem prometeu condições para terem formação e emprego, bem como construção de casas para jovens, estradas, acesso a agua e energia.
Daniel Chapo acrescentou que é preciso "servir bem o povo" e insistiu no combate à corrupção, que "faz mal a todos" os moçambicanos: "Porque o dinheiro que podia ir para se construir mais escolas, mas hospitais, mais água, mais energia, mais estradas, acaba indo para uma pessoa ou para um grupo de pessoas. E estas pessoas vão ficando cada vez mais ricas e o nosso povo cada vez mais pobre. Temos que acabar com isso".
Moçambique realiza em 9 de outubro as sétimas eleições presidenciais, às quais já não concorre o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos, em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.
A campanha eleitoral em Moçambique termina em 06 de outubro e Daniel Chapo apelou ainda aos apoiantes para não responderem a "provocações".
"Vamos continuar a fazer uma campanha pacifica, uma campanha ordeira, uma campanha que não provoca ninguém. Deixem que as pessoas provoquem a FRELIMO, que provoquem o candidato, e nós não vamos responder", apontou, quando já passam mais de 30 dias de campanha eleitoral.
"Nós estamos aqui porque a FRELIMO é um partido de paz, não é um partido que provoca confusão", garantiu.
Além de Daniel Chapo, concorrem à Presidência da República Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), maior partido da oposição, Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro partido representando no parlamento, e Venâncio Mondlane, ex-membro e ex-deputado da Renamo, apoiado pelo Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), sem representação parlamentar.
Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, segundo dados da Comissão Nacional de Eleições.