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Crianças moçambicanas aprendem a poupar

Romeu da Silva (Maputo)30 de outubro de 2015

Assinala-se neste sábado (31.10) o Dia Mundial da Poupança. Em Moçambique, os bancos estão preocupados porque os moçambicanos poupam muito pouco. Por isso, realizaram uma feira para ensinar as crianças a pouparem.

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Metical, a moeda moçambiacanaFoto: DW/C. Fernandes

"Com o dinheiro que vocês guardam, com as poupanças que guardam, conseguem usar para fazerem aquilo que vocês querem...", aconselha Nelson Rachol, funcionário bancário.

Ele tenta explicar aos alunos da Escola Secundária da Matola, a oeste da capital Maputo, como se poupa dinheiro: "Com o dinheiro poupado e acumulado ao longo dos anos podem fazer alguns investimentos, comprar, por exemplo, uma mota, um carro e ter reservas para no futuro comprarem uma casa. Depois criam famílias, e vão precisar de comprar bens. É com poupanças que podemos programar para fazer investimentos."

Os alunos encheram os stands dos bancos expositores para receber explicações sobre poupanças. Carmo Ismael, 17 anos, já começou a fazer planos para o futuro: "Estou a fazer um concurso que o Mozabanco nos propôs. Vamos ler os formulários e depois nos farão perguntas para que possamos ganhar uns prémios de poupança. Acho que quero começar a poupar."

Steven, de 16 anos, também já começou a fazer contas à vida para poupar o dinheiro de transporte que recebe dos pais: "Eu poupo o dinheiro, como às sextas-feiras tenho educação física, para poder lanchar. E vou acumulando esse dinheiro para comprar o meu lanche."

Dificuldades financeiras dificultam poupanças

Symbolbild Spende
Poupar dinheiro não é um hábito comum em MoçambiqueFoto: picture-alliance/dpa

Os bancos comerciais apostaram nestas sessões de esclarecimento nas escolas para que os alunos possam aprender a poupar desde muito cedo. É que, num país onde as instituições bancárias ainda estão longe da população e onde, muitas vezes, é preciso esticar o ordenado para conseguir pagar todas as despesas, poupar torna-se um autêntico bico d´obra.

Mas Cecilia Chilundo, do Banco Terra Moçambique, explica que é possível poupar dinheiro suficiente para situações de emergência.

De acordo com a sua explicação, "o agricultor que vai a machamba, da sua produção é suposto ter uma parte que vai guardar, porque amanhã vai precisar de ter sementes, de ir ao médico, vai precisar de levar os filhos a escola... Então, ele não vai gastar tudo. É preciso por de lado, nem que sejam 10% do valor para amanhã lhe poder ser útil."

Este programa de educação financeira é promovido pelo Banco de Moçambique e conta com o apoio alemão, através da Fundação das Caixas Económicas Alemãs, que se junta ao evento pela segunda vez. A "Quinzena de Poupança" será alargada a outras áreas da província de Maputo e a província central de Tete.

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