Países europeus levantam restrições contra pandemia
17 de maio de 2020O levantar de restrições impostas pela quase totalidade dos Governos para travar a pandemia da Covid-19 vai prosseguir esta segunda-feira (18.05) com a reabertura de serviços em muitos países europeus.
Grécia, Itália, Dinamarca, Bélgica, Irlanda, Polónia e Macedónia são alguns dos países que vão dar início ou continuar a implementar o desconfinamento. As medidas incluem a reabertura de escolas, comércio, cafés e salões de beleza, entre outros setores.
Este sábado (16.05), a Alemanha facilitou as restrições ao tráfego nas fronteiras com Áustria, Suíça e França, permitindo a visita de familiares de pessoas não alemãs pela primeira vez desde o começo da pandemia do novo coronavírus. Agora vai ser possível visitar um namorado ou parceiro com quem não haja vínculo legal e a parentes como filhos, pais ou avós, além de participar de eventos como casamentos, funerais e cerimónias religiosas.
Entre os novos casos que vão ser considerados como motivos válidos para entrar no país estão também os estudos universitários e de formação profissional, bem como os cuidados de uma segunda residência, fazendas ou animais.
Entretanto, os controlos nas fronteiras com Áustria, Suíça e França, implementados em 15 de março para retardar a propagação do coronavírus, serão mantidos pelo menos até 15 de junho. A proibição de entrada no país para turismo e compras vai permanecer. As restrições às viagens aéreas da Itália e da Espanha vão continuar inalteradas.
A República Checa, Áustria, Dinamarca e Noruega foram os primeiros países na Europa a levantar algumas das limitações impostas para controlar a pandemia. A Itália anunciou que vai abrir as fronteiras com a União Europeia, sem necessidade de quarentena, a partir de 03 de junho.
Protestos na Alemanha
Milhares de pessoas manifestaram-se este sábado em várias cidades alemãs contra as restrições impostas pelo Governo para conter a propagação do novo coronavírus. Os protestos contra o confinamento na Alemanha começaram em meados de abril, e estão a contar com um número crescente de participantes.
Em Estugarda, no sudoeste do país, a câmara municipal tinha autorizado uma manifestação de até 5.000 pessoas numa praça, mas muitas mais juntaram-se ao protesto, levando a polícia a repelir parte delas para as ruas adjacentes. Na capital Berlim, pelo menos 200 pessoas foram presas devido a brigas.
Estes protestos estão a juntar ativistas dos direitos cívicos, mas também extremistas de direita e de esquerda e apoiantes de teorias da conspiração ou dos movimentos antivacinas, que contestam o uso obrigatório de máscara e as restrições à liberdade de movimento. O partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) declarou o seu apoio a estes protestos.