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Governo são-tomense decreta confinamento geral obrigatório

Lusa | tms
5 de maio de 2020

A partir de quarta-feira (06.05), a população só poderá sair de casa para compras rápidas ou situações de emergência médica. Medida visa travar a Covid-19 em São Tomé e Príncipe, que já tem mais de 170 casos positivos.

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Foto: DW/Ramusel Graça

O decreto do Governo são-tomense deixa claro que os cidadãos que não respeitarem o confinamento geral obrigatório poderão incorrer em crime de desobediência, segundo indicou um comunidado do Conselho de Ministros divulgado na noite desta segunda-feira (04.05).

O comunicado refere ainda que a medida não abrange "os funcionários dos setores essenciais, trabalhadores por turno e prestadores de serviços no setor alimentar, que deverão ser portadores de uma credencial para o efeito".

Todos os "serviços públicos e privados não essenciais" vão estar encerrados, devendo os serviços essenciais funcionar "com o pessoal reduzido", com exceção dos profissionais de saúde, comunicação social, bombeiros e forças de defesa e segurança.

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"Profunda preocupação"

A decisão do confinamento geral foi tomada numa reunião do Conselho de Ministros que "analisou com profunda preocupação" os resultados dos testes efetuados no laboratório do Gana que deram 161 positivos, entre 213 amostras.

"Face a esse novo quadro epidemiológico que vem alterar totalmente a nossa vivência coletiva o Conselho de Ministros decidiu pelas novas medidas de exceção", diz o comunicado, que define um novo horário de funcionamento de empresas comerciais para venda de bens alimentares e produtos de higiene.

De acordo com o Governo, as medidas vão vigorar até ao final do estado de emergência no país, previsto para dia 17 de maio.

Na segunda-feira (04.05), o Ministério da Saúde anunciou mais quatro novos casos detetados com base nos testes rápidos, totalizando um total de 174 casos de Covid-19 acumulados no país, que já registou três mortos.

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