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Covid-19: Angola prepara plano de desconfinamento

Lusa | tms
11 de maio de 2020

Governo está a preparar estratégias de desconfinamento para definir em que condições o país poderá ir "normalizando a vida". Plano deverá ditar a retoma de atividades, mas considerando a situação da pandemia.

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Foto: DW/M. Luamba

O ministro de Estado e chefe da Casa Civil Adão de Almeida, que falava este domingo (10.05) em conferência de imprensa em Luanda, salientou que a abordagem para a retoma de algumas atividades, como a aviação comercial, tem de ser "contextualizada e pertinente em função de cada momento".

O governante adiantou que dentro dos objetivos definidos e indicações de trabalho que existem a nível governamental, "há o objetivo de se definir um plano de desconfinamento através do qual serão feitas algumas opções sobre como e em que condições poderemos ir normalizando a vida nacional".

Segundo Adão Almeida será este plano que, uma vez aprovado, irá dar indicações sobre o que será feito com as escolas, atividades e competições desportivas, com a aviação, etc.

Angola: "Estado de emergência não corresponde à realidade"

"Há um  conjunto de reflexões que estão a ser feitas no âmbito do plano de desconfinamento que nos vai dar as luzes e definir o caminho que vamos seguir, sempre privilegiando os nossos objetivos principais na luta contra a Covid-19", ou seja,  evitar importação de casos e estar preparado para a gestão dos casos que venham a surgir.

Novo estado de emergência

Entretanto, Angola começa esta segunda-feira (11.05) um novo período de estado de emergência – o terceiro desde o dia 21 de março. O ministro de Estado e chefe da casa civil do Presidente apresentou no domingo as regras e salientou que se trata de um "caminho" em que o anormal será "o novo normal".

Adão de Almeida adiantou que a nova prorrogação do estado de emergência "combina preservação da saúde e atividade económica" e representa o início de uma nova caminhada, considerando que algumas atitudes terão de ser interiorizadas.    

"São medidas que são anormais, mas necessárias tendo em conta a vida e a saúde de todos nós", sublinhou, acrescentando: "estamos a começar a fazer o caminho para nos habituarmos a um conjunto de regras e a um modo de vida anormal que vai passar a ser o nosso normal, com que vamos conviver de modo permanente durante os próximos tempos".   

Angola Luanda Gesundheitsministerium
Ministério da Saúde, em LuandaFoto: DW/Borralho Ndomba

O terceiro período de estado de emergência, que começou às 00:00 de 11 de maio e se prolonga até 25 de maio mantém a suspensão de um conjunto de direitos, incluindo a proibição de entradas e saídas no país, salvo as exceções previstas.

Mais casos

Também no domingo, a ministra da Saúde de Angola anunciou dois novos casos de infeção por Covid-19, de transmissão local, elevando para 45 o número total de doentes infetados com o novo coronavírus. Deste total, duas mortes já foram confirmadas.

Trata-se de um menino de 3 anos e de um homem de 45, relacionados com os casos importados já associados ao contágio local.

Silvia Lutucutra adiantou que o Governo está a trabalhar no alargamento da testagem, com mais três centros de diagnóstico em Luanda. Aos três centros atuais chegaram até ao momento um total de 5.642 amostras, das quais 45 positivas, 350 estão em processamento e as restantes com resultados negativos.