Conselho Cristão quer mediar crise com Junta Militar
25 de fevereiro de 2020"É nossa vontade [mediar a crise], mas não há nada que mostre que isso possa ocorrer", disse esta terça-feira (25.02) à agência de notícias Lusa a presidente do Conselho Cristão de Moçambique, Felicidade Xerinda.
O desentendimento no seio da RENAMO provocou dissidência de parte da sua ala militar, que diz não concordar com os termos do processo de Desmilitarização, Desarmamento e Reintegração (DDR) e exige a renúncia do presidente do partido, Ossufo Momade.
Ataques no centro do país
A ala militar, que se autointitula "Junta Militar", é acusada pela Polícia da República de Moçambique de praticar ataques armados na zona centro do país.
Os ataques têm-se registado nas províncias de Manica e Sofala, nos dois principais corredores rodoviários do país, a EN1, que liga o Norte ao Sul do país, e a EN6, que liga o porto da cidade da Beira ao Zimbabué e restantes países do interior da África Austral.
As incursões, que já causaram pelo menos 22 mortos desde agosto do ano passado, acontecem num reduto da RENAMO e as autoridades moçambicanas têm acusado os guerrilheiros do partido que permanecem na região.
Oficialmente, a RENAMO rejeita qualquer tipo de ligação com os dissidentes, que estão a ser liderados por um antigo general de confiança de Afonso Dhlakama, histórico líder do partido que morreu a 03 de maio de 2018.