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Caso Chang: Moçambique vai apresentar novo recurso

gcs | bd | Lusa
28 de julho de 2022

Moçambique anunciou que pretende recorrer da decisão da Justiça sul-africana de negar a Maputo o direito ao recurso contra a extradição do ex-ministro Manuel Chang. Analista fala em "manobra dilatória".

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Ex-ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang
Foto: DW/M. Maluleque

A Procuradoria-Geral da República (PGR) moçambicana deverá apresentar um novo recurso, depois do Tribunal Superior da África do Sul ter recusado um pedido para recorrer da decisão sobre a extradição do ex-ministro das Finanças Manuel Chang para os Estados Unidos da América.

"Confirmo que a República de Moçambique irá interpor uma petição ao Supremo Tribunal de Apelação nesta matéria", disse o advogado Busani Mabunda numa nota enviada à agência de notícias Lusa.

De acordo com o advogado sul-africano, que representa a PGR de Moçambique na África do Sul, "o caso está longe do fim do litígio. Pode acabar no Tribunal Constitucional, pois esse tribunal nunca considerou o seu mérito".

Em curtas declarações à DW África após este anúncio, Adriano Nuvunga, coordenador do Fórum de Monitoria do Orçamento (FMO), disse que o recurso pode ser uma "manobra dilatória" com "custos elevadíssimos" para o Estado moçambicano.

Adriano Nuvunga: "É uma manobra dilatória"

"Há custos não só com os advogados, mas também com o processo", referiu. Para Nuvunga, o novo recurso é mais uma forma de adiar o "inevitável" - a extradição de Manuel Chang para os EUA.

O Tribunal Superior da África do Sul, divisão de Gauteng, indeferiu na quarta-feira (27.07) um pedido de recurso de Moçambique na Justiça sul-africana, abrindo caminho à extradição de Chang para os EUA, onde é acusado de lavagem de dinheiro e fraude financeira.

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