Angola: Primeiros resultados provisórios dão vitória ao MPLA
24 de agosto de 2017Os números das eleições gerais de 23 de agosto divulgados esta quinta-feira (24.08) pela CNE colocam o partido no poder em Angola no limiar da maioria qualificada ou de dois terços. Com 64,58% dos votos, o MPLA teria perdido 7,28 pontos percentuais em comparação com as eleições de 2012.
A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) obteve 1.043.255 de votos (24,04%, mais 5,73 pontos percentuais do que em 2012) e a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) alcançou 371.724 votos (8,56%, mais 2,56 pontos percentuais do que em 2012).
Com esta vantagem do MPLA de mais de 40 pontos percentuais ao segundo partido classificado, é quase garantido que João Lourenço será o próximo Presidente de Angola. A Constituição de Angola prevê que o cabeça-de-lista do partido mais votado é eleito Presidente da República.
A UNITA já rejeitou os resultados provisórios divulgados pela CNE. ""Se queremos um país sério, as instituições têm de ser sérias. Não é a CNE que vai contrariar a vontade do povo", disse diz José Pedro Catchiungo, mandatário do maior partido da oposição.
Votação mais equilibrada em Cabinda
A província de Cabinda apresenta, até ao momento, o resultado mais equilibrado da votação, com os dois maiores partidos da oposição, UNITA e CASA-CE, a terem mais votos, juntos, do que o MPLA.
De acordo com os dados provisórios anunciados em Luanda pela porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, com 98,29% das mesas de votos escrutinadas (518 num total de 527), o MPLA lidera a contagem, com 59.865 votos (39,81%).
Em segundo lugar surge a CASA-CE, com 44.021 votos (29,27%) e depois a UNITA, com 42.392 votos (28,19%).
A grande distância na votação do enclave surge depois o Partido de Renovação Social (PRS), com 1.582 votos (1,05%), a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), com 1.356 votos (0,90%) e a Aliança Patriótica Nacional (APN), com 1.174 votos (0,78%).