Merkel discute fornecimento de vacinas com farmacêuticas
1 de fevereiro de 2021Deste encontro com representantes dos fabricantes de vacinas e da Comissão Europeia, no qual participam também os chefes de Governo dos 16 estados federados da Alemanha, não deverá sair já um acordo formal, mas servirá para acertar detalhes e colocar ainda mais pressão sobre as farmacêuticas BioNTech/Pfizer, Moderna e a AstraZeneca.
Os líderes dos estados exigem mais clareza tanto sobre a quantidade como sobre o calendário das entregas de vacinas. "As pessoas estão totalmente desorientadas. Tem de ser criado, de uma vez por todas, um plano de abastecimento fiável para as próximas semanas e meses", defendeu o chefe de governo da Baviera, Markus Söder, citado pelo jornal alemão "Augsburger Allgemeine".
O presidente da câmara de Berlim, Michael Müller, também já escreveu uma carta a Angela Merkel, a apelar a um "plano nacional de vacinação".
A campanha de vacinação na Alemanha, que teve início em finais de dezembro, tem sido marcada por várias polémicas, nomeadamente a lentidão do seu arranque, a escassez de vacinas, problemas burocráticos e conflitos com as farmacêuticas.
Até sábado (30.01), mais de 2,7 milhões de pessoas já tinham recebido a primeira dose da vacina, segundo os últimos dados oficiais. A Alemanha soma um total de 2.216.363 casos de infeção pelo novo coronavírus e 56.945 mortes..
BioNTech garante mais 75 milhões de doses para países da UE
Entretanto, a empresa alemã BioNTech já anunciou que fornecerá aos países da União Europeia (UE) mais 75 milhões de doses da sua vacina contra a covid-19, desenvolvida com a Pfizer, no segundo trimestre do ano, após melhorar os processos de produção.
"Continuamos a trabalhar para aumentar a oferta a partir de 15 de fevereiro para atingir o número de doses estipuladas nos contratos", afirmou o diretor financeiro da empresa, Sierk Poetting, em comunicado. "Além disso, no segundo trimestre teremos condições de fornecer mais 75 milhões de doses para a UE", acrescentou. Esse fornecimento faz parte da segunda encomenda da UE, de 200 milhões de doses.
O anúncio da Biontech ocorre oiuco antes da reunião convocada pelo governo alemão com representantes de empresas farmacêuticas e da UE, que tem sido criticada por encomendar vacinas tarde demais e em quantidades insuficientes às várias empresas.