Alemanha reconhece o Conselho Nacional de Transição na Líbia
14 de junho de 2011A Alemanha juntou-se aos países que reconhecem o Conselho Nacional de Transição (CNT), o órgão dos rebeldes como „representante legítimo“, enquanto Washington solicitou à África para se mobilizar a favor da saída do poder do coronel Muammar Kadhafi.
Numa visita a Benghazi, no leste da Líbia, Guido Westerwelle, ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, disse - depois de um encontro com responsáveis daquele órgão líbio - que “Kadhafi perdeu toda legitimidade e que Berlim, reconhecia o “Conselho nacional de transição (CNT) como o representante legítimo do povo líbio.
„Desejamos uma Líbia livre, em paz e democrática, sem Kadhafi”, destacou o ministro alemão que, por outro lado, procedeu à abertura de uma representação diplomática alemã no bastião dos rebeldes. Westerwelle, excluiu contudo o envio de soldados alemães para a Líbia, mesmo depois da partida do poder de Muammar Kadhafi, tendo afirmado que o seu país aposta „num processo político „ na Líbia e está pronto para „fazer avançar o país“ contribuindo na „reconstrução“.
Berlim vai desbloquear sete milhões de euros para ajudar os civis líbios
O Ministro alemão da Cooperação económica e do desenvolvimento, Dirk Niebel, que acompanhou Guido Westerwelle na sua deslocação a Benghazi, anunciou - por seu lado - que Berlim vai desbloquear sete milhões de euros para ajudar o povo líbio.
Momentos antes, em Adis-Abeba, na sede da União Africana (UA), a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, solicitou à África para exercer pressões com vista obrigar o coronel Kadhafi a abandonar o poder.
„Peço a todos os Estados africanos para que façam pressão para que um verdadeiro cessar-fogo seja instaurado e Kadhafi abandone o poder”.
Alemanha é o 13° país do mundo a reconhecer o CNT
A partir de hoje, a Alemanha tornou-se no décimo terceiro país do mundo a reconhecer o CNT, depois dos Emiratos àrabes Unidos, no domingo (12/06).
A Alemanha, absteve-se na votação a 17 de março da resolução 1973 que autorizou o recurso à força para proteger os civis líbios, antes de recusar qualquer participação na missão, sob comando da NATO.
Autor: António Rocha (AFP/Reuters/DPA)
Edição : António Cascais