Alemanha eliminada na fase de grupos do Mundial de 2018
27 de junho de 2018Mais um dia histórico no futebol mundial. A Alemanha, atual campeã do mundo, foi eliminada na fase de grupos do Mundial da Rússia. A "Mannschaft" perdeu por 2-0 com a Corei do Sul e deixa o campeonato do mundo no último lugar do grupo F, com apenas três pontos.
Na reação à eliminação, Joachim Löw afirma que a Alemanha foi "uma justa eliminada" e que a equipa "perdeu a calma e a segurança, pois houve muitos remates, mas sem resultado".
Mats Hummels, defesa alemão, não escondeu a desilusão e tristeza de uma eliminação histórica no futebol alemão. Hummels diz que "é muito difícil explicar o que aconteceu e que é um fim de tarde muito amargo para todos os alemães".
Frieza alemã derreteu no verão russo
A Alemanha é conhecida por ter jogadores com uma mentalidade ganhadora, calculista e fria - sem dó nem piedade dos adversários. Ora, o velho ditado diz: são 11 contra 11 e no fim ganha a Alemanha. Afinal, há exceção à regra. Desde a partida para a Rússia que a "Mannschaft" nunca viveu tempos tranquilos, com destaque para o selecionador, Joachim Löw. O técnico alemão foi desde cedo contestado por algumas opções que tomou na hora de chamar os 23 eleitos na viagem para a Rússia.
Plantel certo?
Todos ou quase todos reconhecem Manuel Neuer como um dos melhores guarda-redes do mundo e até da história do futebol. No entanto, foi uma época atípica para o guardião do Bayern de Munique. Logo na abertura da época desportiva, Neuer sofreu uma fratura do metatarso (fratura do dedo do pé), que o afastou de toda a competição. Sem jogar desde agosto, Joachim Löw não hesitou em chamar o seu capitão e realizou os três jogos no grupo F. Esta entre outras decisões terá causado algum mau-estar entre a comitiva alemã na Rússia.
Rejuvenescimento cedo demais?
Depois de ter conquistado a Taça das Confederações em 2017, com apenas três campeões do mundo entre os 23 eleitos, Joachim Löw parecia estar a criar um processo de rejuvenescimento da seleção alemã, bem sucedido. No entanto, a Taça das Confederações está longe de ter a competitividade de um campeonato do mundo. Mas, se a ideia é fazer ingressar novos jogadores, porquê levar Werner, de 22 anos, e Mario Gómez, dez anos mais velho? Seria para remediar um possível fracasso?
Fim de um ciclo?
Desde 2006 à frente da "Mannschaft", Joachim Löw conquistou o Mundial de 2014 e a Taça das Confederações em 2017. Como pontos baixos, a derrota na final do Euro 2008 com a Espanha e, agora, a prematura e histórica eliminação de um Mundial de futebol, na fase de grupos.
Contestado pelas escolhas dos 23 convocados para o campeonato da Rússia, sairá pelo próprio pé ou será convidado a sair? Os altos responsáveis do futebol alemão não deixam no ar qualquer demissão de Joachim Löw. Reinhard Grindel, Presidente da DFB (Federação Alemã de Futebol) afirmou que sentia "uma deceção sem limites." No entanto, o presidente reiterou a confiança no selecionador alemão e que a DFB "confia nele nele e que tem contrato até 2022".
Oliver Bierhoff, "team manager" da "Mannschaft", também se mostrou desiludido, dizendo que "a equipa está muito frustrada e desapontada" com a eliminação.
O "carma" dos campeões do mundo
É a quarta vez que um campeão do mundo é eliminado na fase de grupos de um Mundial. A primeira foi a França, em 2002. A partir de 2010, tem sido uma razia.
No Mundial da África do Sul, a Itália, que havia conquistado o campeonato do mundo na Alemanha, em 2006, caiu na fase de grupos e foi mais cedo para casa. Depois, foi a vez da Espanha. Em 2014, a seleção espanhola deixou o Mundial do Brasil, com apenas três pontos no grupo B. Agora, foi a vez da Alemanha repetir o feito.
A "Mannschaft" deixa o Mundial da Rússia com apenas três pontos e num mísero último lugar. O futebol já não é um lugar seguro e certo para os "senhores" da bola.