Alemanha dá apoio financeiro a refugiados no regresso a casa
3 de dezembro de 2017A Alemanha quer que os requerentes de asilo rejeitados regressem ao país de origem voluntariamente e, para isso, vai oferecer novos incentivos financeiros à reintegração. A informação foi confirmada este domingo (03.12) pelo ministro do Interior, Thomas de Maizière, em entrevista ao jornal Bild.
Até ao final de fevereiro, as famílias que pretendem regressar à sua terra natal poderão candidatar-se a um apoio em bens e serviços num valor até 3 mil euros. Individualmente, a ajuda a um requerente de asilo que viu o seu pedido rejeitado pode atingir os mil euros no seu país de origem.
Os novos incentivos, segundo o ministro do Interior alemão, são uma extensão do programa de apoio em curso desde fevereiro, o "Starthilfe plus”. Há vários anos que a Alemanha apoia o regresso dos requerentes de asilo com ajuda financeira, incluindo custos associados com as viagens.
"O teu país. O teu futuro. Agora!”
O Governo alemão intensifica os incentivos às partidas voluntárias de requerentes de asilo no país, numa altura em que as autoridades continuam a braços com o fluxo de quase 1 milhão de migrantes que chegaram entre 2015 e 2016 à Alemanha, vindos de países como a Síria, o Afeganistão e o Iraque.
"Se decidirem a favor da partida voluntária até ao final de fevereiro, podem receber não só um apoio inicial mas também ajuda financeira para o alojamento no primeiro ano no país de origem”, disse Thomas de Maizière ao jornal alemão, referindo-se ao programa "Dein Land. Deine Zukunft. Jetzt!" (O teu país. O teu futuro. Agora!)
"Há oportunidades nos vossos países de origem. Vamos ajudar-vos com apoio concreto à vossa reintegração”, sublinhou o dirigente.
O apoio adicional à reintegração dos refugiados nos países de origem pode incluir o pagamento da renda, apoio financeiro à construção e renovação imobiliária ou equipamento básico para cozinhas e casas de banho.
De acordo com o jornal Bild, entre fevereiro e outubro de 2017, o programa de apoio ao regresso dos requerentes de asilo abrangeu 8.369 pessoas. Entre janeiro e setembro, quase 20 mil pessoas foram deportadas. Ainda segundo o jornal, 115 mil requerentes de asilo rejeitados continuam a viver na Alemanha.