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Alemanha aprova missão militar para o Mali

19 de fevereiro de 2013

O governo alemão aprovou hoje (19.02.13) o envio de militares alemães para o Mali, para treinar o exército local. Além disso, o exército alemão irá prestar apoio logístico no país mas não vai combater no terreno.

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Avião de transporte Transall em Bamaco, capital do Mali
Avião de transporte Transall em Bamaco, capital do MaliFoto: picture alliance / dpa

Em Berlim, o governo tem feito questão de sublinhar esse aspecto. E esta terça-feira, fê-lo mais uma vez, ao aprovar oficialmente o envio de militares alemães para o Mali.

O governo deixou claro que as Forças Armadas, a Bundeswehr, não têm autorização para participar em qualquer tipo de confrontos.

Alemanha poderá enviar até 180 soldados para o Mali

O dossier ainda tem de passar pelas mãos do Parlamento, que é quem tem a última palavra sobre o envio dos soldados. Mas, segundo o mandato agora aprovado pelo executivo, a Alemanha começa por enviar 40 médicos militares para o Mali, assim como, 40 formadores da unidade de engenharia do exército para ajudar na missão de treino da União Europeia.

O mandato do governo prevê também uma margem de manobra, caso a situação no terreno se modifique e sejam necessários mais efectivos. Segundo o mandato, a Alemanha poderá enviar até 180 soldados para participar na missão da União Europeia.

Objectivo da missão alemã

Segundo o ministro alemão da Defesa, Thomas de Maizière, "as forças malianas são fracas. Ou não estão presentes. O país é muito grande. Agora, os países da CEDEAO, numa primeira fase, e depois as tropas malianas têm de defender o seu próprio país. E é por isso que as vamos formar." Resumiu o ministro, no canal do governo alemão no YouTube.

Thomas de Maizière, ministro alemão da Defesa
Thomas de Maizière, ministro alemão da DefesaFoto: Jörg Enters/DGAP

Steffen Seibert, porta-voz do executivo alemão explica que "o objectivo da missão é fazer com que as forças de segurança malianas possam ter um controlo efectivo sobre o território soberano do Mali. Deve-se defender a unidade territorial do Mali e deve-se reduzir a ameaça para as populações, sobretudo no norte do país."

Ao todo, deverão participar na missão de treino da União Europeia cerca de 450 militares de mais de uma dezena de países europeus. Os países querem dar ao exército maliano ferramentas para combater os rebeldes fundamentalistas islâmicos que, no ano passado, chegaram a controlar mais de metade do país. A França decidiu, entretanto, enviar tropas para o Mali e parou o avanço dos fundamentalistas.

Apoio duradouro

Thomas de Maizière, ministro alemão da Defesa, afirma que "não podemos permitir que terroristas tomem um país importante em África. Por isso mesmo é que os franceses decidiram atacar. E agora estamos a ajudar para que o esforço francês possa ser duradouro."

Soldado francês ao lado de um militar maliano
Soldado francês ao lado de um militar malianoFoto: picture alliance / dpa

Esta terça-feira, o governo alemão decidiu também disponibilizar outros 150 militares para ajudar nas operações de logística no Mali. A Alemanha continuará a ceder às tropas africanas três aviões de transporte "Transall". O país prevê também o envio de aviões de abastecimento de combustível aos caças franceses.

Autor: Guilherme Correia da Silva / Nina Werkhäuser (com Reuters/LUSA/afp)
Edição: Carla Fernandes / Helena Ferro de Gouveia

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